segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Boas notícias para (nós) estudantes de Letras

Ao ler o Jornal O GLOBO de sábado, no caderno PROSA & VERSO, deparei-me com uma notícia  que causou-me tristeza e alegria. A reportagem discorre sobre alguns arquivos particulares de escritores, tradutores e críticos, já falecidos, brasileiros e que viveram no Brasil, no caso do húngaro Paulo Rónai. Esses arquivos guardam preciosidades como cartas de Alphonsus de Guimaraens Filho a Carlos Drummond de Andrade, traduções de Balzac, citações de Aristóteles, 173 cadernos com manuscritos e até um capítulo do livro "Formação da Literatura Brasileira" (1959), essa, grande obra de Antonio Candido.
Alegrou-me o fato de saber que os estudantes de Letras tem um vasto campo de trabalho, haja vista que os responsáveis por esses arquivos, em grande parte a família, tem grande interesse de vê-los como objeto de estudo de pesquisadores e fazem o que podem para manter centenas de cartas, manuscritos e livros à salvo.
Mas a notícia não soa tão animadora quando descobrimos que grandes centros de pesquisa, neste caso a Biblioteca Nacional e a Casa de Rui Barbosa, não podem receber todo esse material, pois não tem funcionários e estagiários suficientes para realizar esse trabalho.
Um desses arquivos, no caso de Paulo Rónai, já recebeu uma proposta da Universidade de Princeton - EUA, mas sua viúva, Nora Rónai,  achou imortante manter a obra no Brasil.
Temos nesse aquivos uma grande fonte de estudo não somente para a área de Letras, mas também de história e cultura em geral.
Espero que consigamos dar à esses aqruivos o valor que eles merecem, e que não seja preciso que outro  Theodor Koch-Grunberg, venha escrever nossa própria história para trazer-nos fontes de pesquisa para "nosso" Macunaíma.

Nenhum comentário: